Cerca de 81% dos
brasileiros consideram os partidos “corruptos ou muito corruptos”, segundo
pesquisa Ibope divulgada ontem pela Transparência Internacional. Isso quer
dizer que quatro de cada cinco pessoas põem em xeque a base da representação
política no País. Os números do levantamento concluído em março traduzem uma
insatisfação que ficou explícita três meses depois, com a série de
manifestações que se alastraram pelas cidades brasileiras. A mesma pesquisa –
feita em 2010 pela Transparência Internacional – mostra que, no Brasil, a
situação se agravou: três anos atrás, o índice de descontentamento sobre o tema
era de 74%. Leia
Tai, ó, não precisa
fazer plebiscito. Qualquer criança sabe, qualquer criança brinca... é só
perguntar pro Gabrielzinho. Mas é bom essa turma ir tocando a política com mais
cuidado, pois pra esse índice de insatisfação chegar a 100%, não deve levar
mais três anos não... e aí, a praça dos Três Poderes pode virar uma praça
Taksim ou até coisa pior, como uma Tahrir, no Egito.
As semanas se arrastaram, sem nenhum sinal de que os
estudantes seriam processados ou libertados em breve. O "comitê de
presos" clandestino de apoio aos detidos conclamou os alunos das escolas
secundárias de Córdoba a fazerem uma marcha pelas ruas exigindo sua liberdade.
Alberto convidou Ernesto, então com 15 anos, a se juntar a eles, porém,
surpreendentemente, ele se recusou. Ele aderiria, disse, somente se lhe dessem
um revólver. Argumentou com Alberto que a planejada marcha era um gesto inútil,
que pouco adiantaria, e os estudantes iam "levar uma surra monumental com
cassetetes.
No trecho acima,
Ernesto é Ernesto Guevara, que aos quinze anos já sabia que para se fazer um
bom omelete é preciso quebrar alguns ovos. O texto foi retirado do livro
“Guevara - uma biografia” de Jon Lee Anderson, que comecei a ler esta semana
pra ver se, digamos, me inspiro um pouco. Já havia lido uma biografia sobre Che
– faz tempo - mas achei meio fajuta, essa parece muito boa – foi lançada em
97... mas há de ter muita fé para se crer en
la Revolución, pois são quase 900 páginas.