Entre olhares de
admiração, espanto, surpresa e curiosidade, a cadela Clara, da raça fila, com
três anos e 73 kg, entrou ontem tranquilamente pela recepção e passou por
corredores de um dos mais importantes hospitais do país, o Albert Einstein, em São
Paulo. Ela foi visitar o dono, que está em tratamento contra um câncer na
bexiga.
Após três anos de
testes e preparo de equipes, o hospital liberou, sob rígido protocolo, que
bichos de estimação, às vezes considerados membros da família, visitem pessoas
internadas --mesmo em unidades semi-intensivas. [...] A entrada de bichos no
Einstein --gatos e passarinhos também são aceitos-- faz parte também do
cumprimento de regras de uma certificação internacional de humanização que o
hospital conseguiu no ano passado. Leia
Minha a miga Cacau,
afirma que isso não é novidade, pois um hospital de Brasília – lá pelos idos de
1973- no auge do AI5 – hospital esse o qual ela não divulga o nome nem sob
tortura – adotou essa mesma estratégia. Mas por causa de uma sequência, desastrosa,
de problemas, a diretoria se viu obrigada a cancelar tal procedimento.
Segundo a Cacau,
duas ocorrências, que causaram verdadeiras tsunamis na estrutura da corte
brasiliense, contribuíram, sobre maneira, para a decisão de cancelar o tal
benefício. O primeiro envolveu um embaixador e sua esposa. Casal muito badalado
no eixo Brasília-Búzios-Paris. Após uma delicada cirurgia plástica, a esposa do
embaixador encontrava-se internada no referido hospital, quando o devotado
marido foi visitá-la, acompanhado de um casal de dogue-alemão, muito querido da
francesa-senhora. Porém, por ordem expressa da diretoria, a paciente só poderia
receber dois visitantes a cada visita, uma vez por por semana. Ela optou pelo
casal de dogue. O embaixador durante quatro semanas – tempo que durou a
internação da jovem-francesa - postou-se na recepção do hospital, por uma hora
e trinta minutos, que era o tempo de duração da visita. Assim que a jovem
consorte teve alta do hospital, para seu azar, o embaixador deu-lhe baixa no
casamento.
O segundo caso, que
foi derradeiro para o fim do tal procedimento, se deu quando um famoso general,
também internado no mesmo hospital para exames, ditos de rotina, mas que
duraram 10 dias, decretou a entrada de três éguas Andaluz, consideradas
membros da família e pelas quais tinha grande apreço. Bem, o resto da
história fica por conta da sua imaginação. É claro que abafaram o caso. CDantas
Postado originalmente em 04 de Abril de 2013